OFICINA PINTA E RISCA- Estudo das cores primárias

Hoje tivemos enfoque nas cores primárias

O que são Cores primárias:

Cores primáriasCores primárias são as cores puras, ou seja, que não podem ser criadas a partir da combinação de outras cores.
As cores primárias são: o amarelo, o vermelho e o azul.
No entanto, a partir da combinação das cores primárias é possível gerar outras tonalidades de cores.
Tivemos também um estudo breve de pintores que usaram muitas as cores primarias 
Wassily Kandinsky
Kandinsky, no começo da carreira, deu preferência pela pintura de paisagens ao ar livre em detrimento a pintura realista de modelos vivos, mostrando nítida influência do impressionismo. No início do século XX, iniciou seus primeiros estudos não figurativos após um grande processo de evolução pictórica. Kandinsky foi considerado o primeiro pintor do ocidente a produzir pinturas abstratas. A partir daí suas telas sofrem grande influência do abstracionismo, perdendo as definições e contornos figurativos. Outra influência em seu trabalho foi à música, suas primeiras pinturas deixavam transparecer um toque musical, salientando as tendências abstratas.
                                                  amarelo,vermelho,azul 1925
                                                             cavaleiro azul 1903
                                          composição VIII 1923

Djanira
Djanira da Motta e Silva nasceu em Avaré, São Paulo, no dia 20 de junho de 1914. Descendente de imigrantes austríacos e neta de índios guaranis, ainda criança mudou-se com a família para Porto União em Santa Catarina. Em 1928 regressou para sua cidade natal onde trabalhou nos cafezais da região. Suas recordações da infância, seu contato com gente simples do campo deixaram impressões que mais tarde foram projetadas em seus quadros.
No final da década de 1930, Djanira contrai tuberculose e é internada no Sanatório Dória, em Campos do Jordão. Nessa época, pinta seu primeiro desenho. Em 1937, casa-se com Bartolomeu Gomes Pereira, um maquinista da Marinha Mercante, que morreu quando o navio em que estava foi torpedeado por um navio alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1939, Djanira mudou-se para Santa Teresa, no Rio de Janeiro, onde adquiriu a Pensão Mauá, que se tornou um local de convívio de diversos artistas e intelectuais da época. Em 1940, Djanira passou a ter aulas com os pintores Emeric Marcier e Milton Dacosta, seus hóspedes na pensão. Nesse mesmo ano, frequentava o curso noturno do Liceu de Artes e Ofícios.

Primeiras Exposições e o Reconhecimento

Em 1942, Djanira expôs, pela primeira vez, no Salão Nacional de Belas Artes. Em 1943, realizou sua primeira individual, na Associação Brasileira de Imprensa. Nesse mesmo ano, recebeu “Menção Honrosa” na segunda exposição do Salão Nacional de Belas Artes. Em 1944, conquistou medalha de bronze no mesmo salão. Nesse mesmo ano, participou da Mostra de Pintores Brasileiros, em Londres. Entre 1945 e 1947, Djanira viveu em Nova Iorque, onde foi influenciada pela pintura de Pieter Brueghel. Em 1946 realiza exposição individual na Sede da União Pan-Americana, em Washington.
Em 1950, Djanira realiza diversas viagens pelo interior do Brasil, em busca de temas para sua produção. Em Salvador, conhece José Shaw da Motta e Silva, funcionário público, nascido em Salvador. No dia 15 de maio de 1952, se casa no Rio de Janeiro e passa a assinar Dijanira da Motta e Silva. Entre 1950 e 1951, pintou o mural “Candomblé”, para a residência de Jorge Amado, em Salvador, e outro para o Liceu Municipal de Petrópolis.
Entre 1953 e 1954, realizou uma viagem de estudos para a União Soviética. Entre 1963 e 1964, confeccionou o painel “Santa Bárbara”, com 130 m2, no túnel do mesmo nome, que liga os bairros de Catumbi e Laranjeiras, no Rio de Janeiro.  Posteriormente, o painel foi instalado no Museu Nacional de Belas Artes.
Muito religiosa, em 1963, entrou para a Ordem Terceira Carmelita, da qual recebe o hábito com o nome de Irmã Teresa do Amor Divino. Em 1972 recebeu um diploma e uma medalha, do Papa Paulo VI. Djanira foi a primeira artista latino-americana a ser representada no Museu do Vaticano, com a obra "Sant’Ana de Pé".
Djanira da Motta e Silva faleceu no Rio de Janeiro, no dia 31 de maio de 1979.

Características da Obra de Djanira

Com uma temática predominantemente brasileira, Djanira reproduziu em sua obra, de maneira singela e poética, a paisagem nacional em um estilo chamado de arte primitiva, com linhas e cores simplificadas. Em sua obra coexistem uma diversidade de cenas, como as festas folclóricas, as temáticas religiosas, o cotidiano dos tecelões, os colhedores de café, os batedores de arroz, os vaqueiros etc.


Manezinho Araujo 
Manuel Araújo (Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, 1910 - São Paulo, São Paulo, 1993). Pintor, gravador, serígrafo, cantor e compositor. Muda-se para Recife em 1916 e cursa a Escola de Comércio de Pernambuco nos anos 1920. Dedica-se à música a partir da década de 1930, compõe e canta emboladas, além de gravar cerca de uma centena delas. Começa a pintar em 1950, de maneira autodidata. Em 1957, morando no Rio de Janeiro, desiste da carreira de músico e abre restaurante de comidas típicas nordestinas, dedicando-se concomitantemente a atividades comerciais e à pintura. Em 1963, acontece a sua primeira exposição individual, em São Paulo, na Galeria Astréia e, dois anos depois, ocorre outra individual, na Galeria Capela. Publica, no Rio de Janeiro, o álbum de serigrafias Meu Brasil, de 1968,  com apresentação de Aldemir Martins (1922-2006).